


Dia Internacional da Mulher 2025
O SINDEL junta-se, naturalmente, à celebração do Dia Internacional da Mulher, evocando e aplaudindo todas aquelas que lutaram, lutam e lutarão pela Liberdade e pela Igualdade de Direitos e Oportunidades.
Estamos alinhados com o lema que a ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Género e o Empoderamento das Mulheres) definiu para o ano de 2025: “Para TODAS as Mulheres e Meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento”.
Em 2025 celebramos o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim*. Este documento é o modelo mais progressivo e amplamente apoiado para os direitos das Mulheres e Meninas em todo o mundo, já que transformou a agenda dos direitos das Mulheres em termos de proteção legal, acesso a serviços e mudança em normas sociais, estereótipos e ideias enclausuradas em mentalidades passadistas.
O lema deste ano apela a ações que possam desbloquear direitos iguais, poder e oportunidades para todos e um futuro igualitário e livre onde ninguém seja deixado para trás. Central para esta visão, é empoderar a próxima geração — jovens, particularmente Mulheres jovens e Meninas adolescentes — como catalisadores para mudanças duradouras.
Num mundo que enfrenta múltiplas crises que exercem uma enorme pressão sobre as comunidades, alcançar a igualdade e alargar os direitos das Mulheres em todos os aspetos da vida, são elementos fundamentais. E é inquestionável que fomentar a progressão da importância das Mulheres na Sociedade beneficiará todos.
O SINDEL não pode deixar de subscrever estas tão nobres causas que naturalmente também abraça, sublinhando – e orgulhando-se por isso – o trabalho que tem sido desenvolvido, em várias frentes, por inúmeras mulheres suas Dirigentes, Delegadas Sindicais e Associadas.
A todas o SINDEL dirige um enorme obrigado.
Importa lembrar que a Igualdade não é uma questão só das Mulheres, é uma questão de todos.
*Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, Set.1995:
DIA INTERNACIONAL DA MULHER – Nota Histórica
O Ano Internacional das Mulheres foi proclamado pelas Nações Unidas em 1975, tendo-se seguido a Década das Nações Unidas para as Mulheres, começando a celebrar-se o dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Dois anos mais tarde, em dezembro de 1977, este dia foi proclamado oficialmente pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.
A ideia de um Dia Internacional da Mulher surge no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação de mão-de-obra feminina, em massa, na Indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de repetidos protestos, em várias partes do mundo.
É comummente aceite que o primeiro Dia Internacional da Mulher teve lugar em 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América.
A 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores, a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até ao fatídico ataque perpetrado contra as Torres Gémeas, a 11 de Setembro de 2001. É provável que a morte destas trabalhadoras se tenha imposto ao imaginário coletivo, de tal modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como estando na origem da celebração deste Dia.
Na Rússia, a 8 de março de 1917, a greve das operárias da Indústria Têxtil precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de fevereiro. Leon Trotsky registou assim o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no Calendário Gregoriano) estavam planeadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas em vigor, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitar a sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘Dia das Mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, finalmente, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.